A estreia de uma nova faixa de telenovelas às 17h30 na programação da TV Globo pode marcar um novo capítulo na história da teledramaturgia brasileira — e também posicionar a emissora como a maior produtora de novelas anuais no mundo.
A proposta, ainda em fase de estruturação, prevê novelas mais curtas nesse novo horário, com duração média de 60 capítulos. Isso significa que, ao longo de um ano, a faixa poderá abrigar até seis tramas diferentes, considerando um ciclo de dois meses para cada produção. A iniciativa segue a tendência global de formatos mais ágeis, porém mantém o DNA das novelas clássicas brasileiras, com temas populares e linguagem acessível.
Se confirmada como faixa fixa a partir de 2026, a novidade ampliará consideravelmente o volume de novelas produzidas pela emissora. Atualmente, a Globo já mantém um cronograma sólido com produções inéditas nas faixas das 18h, 19h e 21h — além de novelas lançadas com exclusividade no Globoplay. Em média, são duas novelas por ano em cada um desses horários tradicionais, somando aproximadamente sete produções anuais.
Com as seis novelas adicionais previstas para as 17h30, a Globo passaria a produzir pelo menos 13 telenovelas por ano, número que supera o volume de qualquer outra emissora no mundo atualmente. Mesmo gigantes como TelevisaUnivision, que historicamente dominam o mercado latino-americano, têm adotado um ritmo mais comedido, com menos títulos anuais e maior investimento em reedições ou formatos híbridos para streaming.
Caso o plano se concretize, a Globo não apenas consolidaria sua liderança na América Latina, como também poderia reivindicar o posto de maior produtora de telenovelas do planeta em volume anual. É uma estratégia ousada, mas alinhada à vocação da emissora, que sempre tratou a dramaturgia como um de seus pilares mais valiosos — e exportáveis.
A proposta ainda não teve todos os seus detalhes divulgados, mas reforça a aposta da Globo em diversificar suas janelas de exibição, dialogar com diferentes perfis de público e ampliar sua presença em um mercado audiovisual cada vez mais competitivo. Se 2026 marcar mesmo a estreia dessa nova etapa, será um ano histórico para a teledramaturgia brasileira — e um novo fôlego para o formato mais tradicional da televisão no país.
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