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| (Foto: Reprodução) |
De olho nas transformações do mercado audiovisual e no consumo cada vez mais dinâmico do público, a Globo deu largada a um novo modelo de dramaturgia: as mininovelas, tramas mais curtas inspiradas no formato de sucesso dos doramas e k-dramas. A primeira produção desse novo ciclo já está em desenvolvimento e reúne dois nomes de peso: Walcyr Carrasco e Cristianne Fridman, marcando a estreia do formato e também o retorno da autora à emissora após duas décadas.
A parceria, no entanto, tem funções bem definidas. Walcyr Carrasco, vencedor do Emmy Internacional e veterano do horário nobre da emissora, atua como o criador do conceito original. Ele foi responsável por elaborar os personagens principais, estruturar os arcos da narrativa e construir a base dos primeiros capítulos. A partir dessa semente, é Cristianne Fridman quem assume integralmente o texto da mininovela, com liberdade criativa para desenvolver a história do início ao fim, imprimindo sua identidade à obra.
Esse modelo de colaboração remete a práticas comuns na televisão brasileira dos anos 1980, como no caso de Jogo da Vida (1981), escrita por Silvio de Abreu a partir de uma ideia de Janete Clair. Mais recentemente, algo semelhante aconteceu com Êta Mundo Melhor!, cuja continuação no Globoplay foi escrita por Mauro Wilson com base em um conceito de Carrasco.
A iniciativa faz parte de um movimento estratégico da Globo para diversificar seus produtos de ficção, explorando formatos mais curtos, ágeis e alinhados ao padrão de consumo do streaming. As mininovelas devem apresentar tramas mais diretas, com início, meio e fim bem definidos — uma alternativa aos folhetins tradicionais de longa duração.
Enquanto Cristianne Fridman dá forma ao novo projeto, Walcyr Carrasco já se dedica à sua próxima novela das nove, prevista para 2026, que sucederá o folhetim de Aguinaldo Silva.
A expectativa nos bastidores é alta, tanto pelo retorno de Fridman à emissora quanto pela aposta da Globo nesse novo modelo de teledramaturgia, que pode abrir caminho para uma nova fase da ficção nacional.
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