Juan Osorio: as 5 novelas que mostram sua força no melodrama

(Foto: Reprodução)

Com uma carreira marcada por sucessos de público e fórmulas populares que conquistam desde o público tradicional até as novas gerações, Juan Osorio é um dos produtores mais emblemáticos da teledramaturgia mexicana. Versátil, ele transita entre o melodrama clássico e as comédias familiares com grande apelo popular. Ainda que sua obra nem sempre receba aclamação crítica, seu domínio do gosto do grande público é inegável. A seguir, destacamos cinco das melhores novelas de sua carreira — produções que marcaram época e ajudaram a consolidar seu nome na Televisa:

Mi Corazón es Tuyo (2014)

Adaptação mexicana da novela espanhola Ana y los 7, essa comédia romântica estrelada por Silvia Navarro e Jorge Salinas foi um divisor de águas na carreira de Osorio. Misturando drama, romance e humor físico, Mi Corazón es Tuyo se tornou um fenômeno de audiência ao contar a história de uma dançarina que se torna babá dos filhos de um empresário viúvo. A química do elenco e o tom leve da narrativa cativaram o público familiar, transformando a novela em um verdadeiro hit instantâneo.

Mi Marido Tiene Familia / Mi Marido Tiene Más Familia (2017–2019)

Essa saga familiar foi uma das apostas mais ousadas e bem-sucedidas de Osorio nos últimos anos. Com um enredo centrado nos conflitos de uma grande família mexicana, a novela apostou em representações culturais mais amplas, inclusão de personagens LGBTQIA+ (como o casal Aristemo, que virou fenômeno) e um tom afetivo que caiu no gosto do público. A repercussão foi tão positiva que a produção ganhou uma segunda temporada com novos conflitos e ainda mais apelo social.

Mi Pecado (2009)

Uma das obras mais subestimadas da carreira de Osorio, Mi Pecado apostou em um melodrama sombrio e emocionalmente carregado. Estrelada por Maite Perroni e Eugenio Siller, a novela abordava temas delicados como culpa, pecado, repressão religiosa e conflitos familiares enraizados. Com texto de Cuauhtémoc Blanco e Maria del Carmen Peña, a trama foi ousada ao quebrar com o tom leve que marcava boa parte da produção da época. A direção de arte e a ambientação interiorana deram um charme especial à narrativa, que é lembrada como uma das melhores obras dramáticas da década.

El Amor Invencible (2023)

Em uma fase mais madura, Juan Osorio surpreendeu com El Amor Invencible, remake da portuguesa Mar Salgado. A trama protagonizada por Angelique Boyer apresentou um melodrama intenso e sombrio, com temas como maternidade roubada, identidade de gênero e tráfico humano. A produção foi elogiada por sua direção mais estilizada, roteiro consistente e atuações impactantes — especialmente de Boyer, que entregou uma de suas performances mais elogiadas. O sucesso marcou um retorno ao melodrama raiz, com toque moderno.

Salomé (2001)

Ainda no início dos anos 2000, Osorio apostou em uma história ambientada nos anos 50, repleta de paixão, tragédia e glamour. Salomé, estrelada por Edith González, é uma das novelas mais marcantes de sua filmografia. A narrativa girava em torno de uma dançarina de cabaré que se envolve com um homem rico e casado, o que desencadeia uma trama cheia de dor, redenção e amor impossível. O figurino, a trilha sonora e a carga dramática fizeram de Salomé um clássico popular da época.

Um produtor que entende o povo

Juan Osorio pode ser amado por uns e criticado por outros, mas sua relevância na televisão mexicana é incontestável. Seu faro para o que agrada ao público, sua habilidade de adaptar tramas estrangeiras com tempero local e seu compromisso com a televisão como veículo de entretenimento popular fazem dele um dos grandes pilares da Televisa nas últimas décadas.

Com cada novo projeto, Osorio segue provando que, mesmo em um cenário em transformação, o melodrama tradicional — quando bem feito — ainda tem muito a oferecer.

Redação

Paulista do interior, apaixonado por novelas, séries e filmes. Gamer nas horas vagas e entusiasta da cultura pop.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato